quinta-feira, abril 26, 2007

O peso da vida sobre as minhas costas
Me fazem andar mais devargar.
Passo a passo.
Rua por rua.

Mas ando cansada
Demasiadamente cansada
Desse peso de vazio constante,
Dessa falta de amor próprio
Dessa auto-estima esburacada.

De tão cansada
Tão consada mesmo
Acho que não vou mais aguentar.
Está muito pesado.
Preciso dividir.


Caleidoscópio


Não é preciso apagar a luz
Eu fecho os olhos e tudo vem
Num caleidoscópio sem lógica
Eu quase posso ouvir a tua voz
Eu sinto a tua mão a me guiar
Pela noite a caminho de casa

Quem vai pagar as contas deste amor pagão
Te dar a mão, me trazer à tona prá respirar
Quem vai chamar meu nome
Ou te escutar

Me pedindo prá apagar a luz
Amanheceu, é hora de dormir
Nesse nosso relógio sem órbita
Se tudo tem que terminar assim
Que pelo menos seja até o fim
Prá gente não ter nunca mais que terminar

(Herbert Vianna)

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