O peso da vida sobre as minhas costas
Me fazem andar mais devargar.
Passo a passo.
Rua por rua.
Mas ando cansada
Demasiadamente cansada
Desse peso de vazio constante,
Dessa falta de amor próprio
Dessa auto-estima esburacada.
De tão cansada
Tão consada mesmo
Acho que não vou mais aguentar.
Está muito pesado.
Preciso dividir.
Caleidoscópio
Não é preciso apagar a luz
Eu fecho os olhos e tudo vem
Num caleidoscópio sem lógica
Eu quase posso ouvir a tua voz
Eu sinto a tua mão a me guiar
Pela noite a caminho de casa
Quem vai pagar as contas deste amor pagão
Te dar a mão, me trazer à tona prá respirar
Quem vai chamar meu nome
Ou te escutar
Me pedindo prá apagar a luz
Amanheceu, é hora de dormir
Nesse nosso relógio sem órbita
Se tudo tem que terminar assim
Que pelo menos seja até o fim
Prá gente não ter nunca mais que terminar
(Herbert Vianna)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário