domingo, agosto 13, 2006

É que as vezes a gente se toca que não somos nada aquilo que mostramos.

Eu sou asquerosa,
grosseira,
imprestável.
Uma monstra

Eu não sei
Nem nunca soube ter amigos
E cultivá-los

Sou uma pessoa dificil de lidar,
egoísta,
nojenta.

E eu tô cansada de fingir que não vejo isso
Estou cansada de fingir que está tudo bem.

Nao,
Nao está tudo bem.

E eu nem sei dizer o que não está bem.

Eu queria morrer.
Me matar!

Porque já nao aguento mais ver tanta gente morrendo,
Ver tanta crueldade no mundo
Tanta coisa acontecendo...

Porque eu nao aguento mais ser quem eu sou.
Porque eu me odeio.

Me descrever em algumas (poucas) linhas é me reduzir.
Nao há como dizer quem sou nesse pequeno espaço.
Eu sou a composição mal feita da tristesa com a alegria,
da estúpida esperaça com o ridiculo desencanto.

Eu sou a junção do nada com alguma coisa.
Sou o remendo de uma imensa vergonha com uma sem-vergonhice palhaça e inconveniente.
Sou um retálio de baixo auto-estima e um pedaço de metidez.
Eu costumo ser o exemplo do perdido e o ícone da insegurança.
Sou o melhor exemplo de chatisse, a representante do non-sense.
A maior boba que existe, a pessoa que menos sorri.

Nao tem como me escrever nessas linhas.

Minha intensidade de ver, sentir, cheirar e viver a vida é grande demais para discrição.
Minha vida é muito intensa, porque sou muito intensa.

Intensamente solitária, intensamente cheia de amigos.
Intensamente triste, intensamente feliz.
Intensamente esperançosa, intensamente desesperançosa.
Intensamente angustiada, intensamente relaxada.
Intensamente.

Tudo intensamente.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Já te imaginava nascendo
Crescendo feliz
Correndo em direção a mim

Já te imaginava segurando minha mão
E passeando comigo,
Pegando solzinho
Tomando suquinho.

Já te imaginava de vestidinho
E chapeuzinho.

A vida nos separou?!
NAO.

Eu ainda acredito que você esteja viva
Ainda acredito que seremos amigas confidentes

Ainda acredito que sua vida me alegrará
E me fará me sentir a pessoa mais feliz do mundo.

Jpa te imaginava pegando no colo,
Te fazendo cosquinha
E você gargalhando...

A vida deve saber o que faz.
E que ela saiba que nós seremos como irmãs
E que ela saiba que estamos esperando por você.
*
DEVOLVAM MINHA PRIMA, PORRA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, agosto 09, 2006

Estranheza


Haveria de ter um sentido para tudo aquilo.
Não teria sido em vão todas a tentativas
E as derrubadas.
Os tapas
E os sorrisos.

Teve.

Teve?

O sentido se fez quando não se pensou nele
E aí,
Como num passo de uma dançarina,
Ele apareceu.

E foi assim durante um tempo.
Durante o tempo em que se fez questão de não pensar o agir
Muito menos de pensar o pensar

Mas como tudo
- Em dose demasida? -
Cansa,
Aquela vida também cansou.

A balailaria fez o primeiro ato.
Foi e ainda se encontra no intervalo.

E nesse meio é que as coisas se configuram de forma diferente:
O expectador pára de ver o espetáculo,
Sai à cafetaria,
Senta
E toma um café
- ou come uma jujuba-

O que era um teatro,
Volta a ser a vida dele.

O que passa na cabeça dele
É o que passa na cabeça dos desvalidos
Daqueles que ficam na esquina
Daqueles que levantam tarde
Daqueles que saem com a mesma roupa todos os dias.
Dos que fumam maconha todo dia.
Dos que bebem todo dia.


O que passa na cabeça dele
É o que passa na cabeça dos que pensam demais
Esperam demais
E fazem demais da e na vida.

O que passa na cabeça dele
Ninguém vê ou escuta.

E ele acaba de tomar o café
- ou acaba com o pacote de jujuba -
Sobe as escadas
Senta na cadeira
Vê as cortinas se abrirem
E volta a ver o espetáculo.

A bailarina dança,
A música a acompanha
E ele admira.

sábado, agosto 05, 2006

Quanta bobagem!

Quanta bobagem
E estupidez.

Quanta inocência
E pureza.

Quanta esperança tola,
E desejos ridículos.

Os egocêntricos nunca mudam.

Não é de amor que precisam
Nem de compreensão.

Não é de atenção
Muito menos amizade que eles necessitam.

Eles precisam unicamente deles.
Só deles.

*

Estúpidos e estranhos somos nós
Que lutamos contra a verdade
E tentamos re-inventar o fato.

Ou talvez
Carentes sejamos nós
Que ao estendermos o braço para o outro
Nos apoiamos em nós mesmos.

Estúpidos e egocêntricos são os humanos.
Eu, você e eles.