quinta-feira, maio 03, 2007


Eu não quero mais bancar a forte,
nem a independente,
nem a que se vira bem.

Chega.
Quero ser a indefesa,
A frágil,
A mediocre de 19 anos,
A que precisa de ajuda e cuidado.
Aprendi que se cuidar demais é muito pesado
E eu tenho medo
Medo de crescer mais do que estou crescendo
E ter que pegar cada vez mais peso.
Eu só encontro mala pesada para carregar
Sozinha.
É metira, uma grande mentira,
Que dou conta das coisas,
Que me viro bem.
Eu minto.
Eu sou uma mentira.
Uma grande mentira fedorenta.
Eu grito
Um grito estridente e agonizante
Um grito silenciosamente dolorido.
É que a vida pisa no meu pé
E dói.
Dói muito.
Chega uma hora que não consigo mais daçar.



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