terça-feira, junho 20, 2006

Dos que fazem da vida uma poesia

Difícil tarefa essa a do poeta
De transfora a dor em poesia.

Eu, por exemplo,
Sabes se estou a rir ou a chorar?
Enxergas minha face e meus contornos?

Você, que me lê, tem ideia de como me sinto agora?

Sinto-me perdida,
Desolada
Sinto-me uma das piores

Consegue sentir o mesmo quando me lê?
Sabes da minha vida,
dos meus amores,
desamores,
frustrações e encantos?

No entando eu escrevo
E em versos
E corto as frases
Para que você leia como se ouvisse uma musica.

Achou que foi por acaso?
Pois é por isso que falo
Difícil tarefa essa do poema
De transformar a dor,
a solidão
Em versos ritmados.

Bem sei que os meus não possuem rimas
Bem sei que meus versos sofrem cortes esdrúxulos.

Porque eu não tenho rima
Sou um verso ímpar
E esdrúxulo

2 comentários:

Anônimo disse...

Fabi, por vezes precisamos ver nas entrelinhas o que o amigo tenta nos dizer; pelo menos é assim nesse universo das palavras. E o título que escolheu, conseguiu trazer o olhar com diferencial. Lindo!!! Beijoca!!

Anônimo disse...

triste poema,
que em dura tarefa vai tranformando simples significantes em tão doídos significados,

se é a dor e a tristeza que desejas explicar, então cala-te, pois alma nenhuma entende o pesar do outro

por esse caminho, é caminhar sozinho

- J