Difícil tarefa essa a do poeta
De transfora a dor em poesia.
Eu, por exemplo,
Sabes se estou a rir ou a chorar?
Enxergas minha face e meus contornos?
Você, que me lê, tem ideia de como me sinto agora?
Sinto-me perdida,
Desolada
Sinto-me uma das piores
Consegue sentir o mesmo quando me lê?
Sabes da minha vida,
dos meus amores,
desamores,
frustrações e encantos?
No entando eu escrevo
E em versos
E corto as frases
Para que você leia como se ouvisse uma musica.
Achou que foi por acaso?
Pois é por isso que falo
Difícil tarefa essa do poema
De transformar a dor,
a solidão
Em versos ritmados.
Bem sei que os meus não possuem rimas
Bem sei que meus versos sofrem cortes esdrúxulos.
Porque eu não tenho rima
Sou um verso ímpar
E esdrúxulo
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2 comentários:
Fabi, por vezes precisamos ver nas entrelinhas o que o amigo tenta nos dizer; pelo menos é assim nesse universo das palavras. E o título que escolheu, conseguiu trazer o olhar com diferencial. Lindo!!! Beijoca!!
triste poema,
que em dura tarefa vai tranformando simples significantes em tão doídos significados,
se é a dor e a tristeza que desejas explicar, então cala-te, pois alma nenhuma entende o pesar do outro
por esse caminho, é caminhar sozinho
- J
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